quarta-feira, 22 de outubro de 2008

LINHA DE BOIADEIROS

São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do
baixo astral, e são aguerridos, demandadores e rigorosos
quando tratam com espíritos trevosos.

O símbolo dos boiadeiros são o laço e chicote que, em
verdade, são suas armas espirituais e são verdadeiros
mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras
“armas” usadas pelos espíritos que atuam como refreadores
das investidas das hostes sombrias formadas por espíritos
do baixo astral.

Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a
humildade, boiadeiros representam a força de vontade,
a liberdade e a determinação que existe no homem do
campo e sua necessidade de conviver com a natureza e
os animais, sempre de forma simples, mas com uma
força e fé muito grande. São habilidosos e valentes.

São regidos por Iansã-Oyá e Ogum, tendo recebido da
mesma autoridade de conduzir os eguns da mesma forma
que conduziam sua boiada, onde levam cada boi
(espíritos) para o seu destino, e trazem os bois
que se desgarram (obsessores, kiumbas e etc) de
volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Suas maiores funções não as consultas como as dos
pretos-velhos, nem os passes e as receitas de remédios
como os caboclos, e sim o “dispersar de energias” aderida
aos corpos, paredes e objetos. É de extrema importância
esta função, pois enquanto os outros guias podem se
preocupar com o teor das consultas e dos passes,
os boiadeiros “sempre” estarão atentos à qualquer
alteração de energia do local
(entrada de espíritos negativos).

Portanto quando bradam em tom de ordem como se estivessem
laçando seu gado, estão na verdade ordenando os espíritos
que entraram no local a se retirarem, assim “limpam” o
ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações,
já que as presenças desses espíritos muitas vezes interferem
nas consultas de médiuns conscientes.

Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração
de coragem que os mesmos lhe passam e são levados por
eles para locais próprios de doutrina. Com seus chicotes
e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando
os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.
Outra grande função de um boiadeiro e manter a disciplina
das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da
casa ou consulentes.

Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o
principal elemento de sua magia é a força de vontade,
fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual
e seus caboclos atuam nas sete linhas de Umbanda,
e são descritos como Caboclos da Lei.



Atabaques : Dentro da ritualistica de Umbanda existe
um elemento de grande importância que é a Curimba formada
por médiuns que se dedicam ao estudo dos cânticos
ritualísticos.

Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da
curimba,pois eles regem suas forças e fundamentos.

Os atabaques são formados basicamente por três elementos
da natureza: Animal (couro) , Vegetal (madeira) ,
Mineral (ferragens) . Estes elementos por sua vez
encontram-se no ambiente (reino) natural destas entidades
e a força da curimba no terreiro está justamente em conseguir
dissipar as energias negativas, inibir a ação de obsessores
e desagregar miasmas e larvas astrais que estejam impregnados
no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito maior.



Ervas de Boiadeiro: Alecrim do Campo, Capim-Manteiga,
Cravo da Índia, Folha de Manga, Gravata e Chapéu de Couro.

Saudação: Getuá Seu Boiadeiro!

Oração a Boiadeiro



Ó Deus salve o oratório (bis)

Onde Deus fez sua morada, oiá meu Deus

Onde Deus fez sua morada , oiá

Onde mora o cálice bento (bis)

E a hóstia consagrada oiá meu Deus

E a hóstia consagrada oiá

De Jessé nasceu a vara (bis)

Da vara nasceu a flor oiá meu Deus

Da vara nasceu a flor oiá

E da flor nasceu Maria (bis)

De Maria o salvador oiá meu Deus

De Maria o salvador oiá.



Pontos de Boiadeiro



Me chamam de boiadeiro

Não sou boiadeiro não

Eu sou laçador de boi

Boiadeiro é meu patrão

Getuâ,Getuâ



Abre a porta minha mãe.

Deixa boiadeiro passar (bis)

Ele vem de muito longe minha gente

Pra nos ajudar (bis)



Chetruá....chetruá

Laço de laçar meu boi

Chetrua....chetrua

Eu laço um e pego dois

Chetrua...chetrua

O meu laço é de laçar

Chetruá....chetruá

Meu boi fugiu mandei buscar

Chetruá....chetruá



Ô Sr. Juiz

Quem lhe chamou fui eu

Na hora da firmeza Getruá

O grito que o Sr. Deu (bis)



Cadê a minha corda

De laçar meu boi

O meu boi fugiu

Eu não sei pra onde foi (bis)





Olha a ponta do laço vaqueiro

Oi vem topa, oi vem topa

Na porteira do curral (bis)

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